Abigail de Andrade – Pintora e desenhista nascida em 1864 em Vassouras (RJ), foi a primeira mulher a conquistar uma medalha de ouro de 1º grau em um salão nacional, em 1884. Antes, aos 18 anos, em março de 1882, participou da primeira exposição organizada pela Sociedade Propagadora das Belas Artes. Enfrentou a sociedade por ter tido uma filha, Angelina Agostini, com seu professor Angelo Agostini, que era casado. O casal chegou a fugir para Paris, onde surgiu a segunda gravidez. O bebê morreu, porém, um pouco antes da pintora, em 1973.Sua filha tornou-se também artista consagrada.
Angelina Agostini - Pintora, desenhista e escultora nascida no
Rio de Janeiro em 1888, aprendeu a pintar com o pai, o pintor Angelo
Agostini e com a mãe, Abigail de Andrade. Depois freqüentou a Enba,
Escola Nacional de Belas Artes . Em 1913 recebeu o Prêmio Viagem ao
Estrangeiro concedido pelo Salão Nacional de Belas Artes, e no ano
seguinte viajou para Londres, Inglaterra. Durante a Primeira Guerra
Mundial, alistou-se na Cruz Vermelha. Morreu em 1973.
Anita Malfatti
- Artista plástica nascida em 02/12/1896, em São Paulo (SP), filha da
professora de pintura norte-americana, Betty Krug, e do engenheiro
italiano Samuele Malfatti, Anita Catarina Malfatti, participou da Semana
da Arte Moderna e foi considerada a pioneira do modernismo no Brasil.
Estudou pintura na Alemanha, onde recebeu influência do expressionismo e
do cubismo francês. Expôs pela primeira vez em 1914. Em 1921, aos 17
anos, abalou São Paulo com suas telas expressivas e cubistas. A mostra
que reuniu 53 obras foi criticada por Monteiro Lobato e outros
intelectuais da época, e por causa disso alguns compradores devolveram
as obras adquiridas. Anita nunca se recuperou do impacto, mas continuou
vivendo do seu trabalho. Não se casou, mas teve um romance com o
escritor Mário de Andrade. Morreu em 06/11/1964 aos 68 anos.
Bárbara Hepworth – escultora inglesa nascida em 10/01/1903 em Yorkshire, Inglaterra, seus trabalhos em pedra e bronze são em estilo abstrato. Expôs na IV Bienal de São Paulo em 1959 recebendo o prêmio de melhor artista estrangeiro. Morreu em 20/05/1975.
Berthe Morisot
– pintora impressionista nascida em 14/01/1841 em Burges, França, filha
de Fragonard, Berthe Marie Pauline Morisot começou a pintar muito
jovem. Seus quadros retratam a vida familiar da burguesia. Amiga de
Manet, o incentivou ao ar livre e serviu como modelo para os quadros
dele. Foi casada com Eugene, irmão de Manet sua casa virou ponto de
encontro de impressionistas. Morreu em 02/03/1895.
Camille Claudel
– Escultora nascida em 08/12/1864 em Villeneuve-sur-Fère, França, filha
de um hipotecário e uma dona-de-casa, seu talento só foi descoberto 40
anos após sua morte. Amante de seu professor, o escultor Rodin (ela
tinha 18 anos e ele, 42), foi incentivada por ele a destruir seu ateliê e
trabalhar com exclusividade para ele. Ele a humilhava tanto, que aos 30
anos, Camile começou a beber, abortou, engordou e passou a destruir
suas esculturas. Morreu em 19/10/1943 aos 46 anos no Hospício
Montdevergues, onde fora internada pela família em 1913 após a morte do
pai. Casado com Rose Beuret, Rodin morreu chamando por Camille. Sua vida
é contada no filme “Camille Claudell”.
Charlotta Adlerová - Pintora, artista gráfica, ilustradora,
artista visual, diretora de arte, publicitária, gravadora e desenhista
nascida em 1908 em Berlim, Alemanha. Estudou na Escola de Artes e
Ofícios Berlim-Charlottenburg. Em 1939 naturalizou-se brasileira. A
partir de 1952 dedicou-se à pintura. Realizou sua primeira exposição
individual em Nova Iorque em 1965. Charlotta foi também uma das
precursoras da história da propaganda no Brasil, trabalhando em agências
até 1965, e expondo nas galerias das agências J. Walter Thompson, em
São Paulo e Nova Iorque, entre 1964 e 1971.Morreu em 1989 em São Paulo.
Djanira
– pintora, desenhista, ilustradora e gravadora nascida em Avaré (SP) em
20/06/1914, filha de um dentista ambulante, Djanira Mota e Silva foi
abandonada pelo pai em casa de amigos. Na juventude foi para São Paulo e
passou a vender mercadorias. Tuberculosa, internou-se num sanatório em
São José dos Santos (SP), onde começou a desenhar. Mudou-se para o Rio
de Janeiro e criou o ateliê-pensão. Estudou 5 anos com o pintor romeno
Emerci Mercier (que a ensinou em troca de comida), e no Liceu de Artes e
Ofícios. Expôs pela primeira vez em 1942 no salão de Belas Artes do Rio
de Janeiro. Depois expôs na América e na Europa. Ganhou vários prêmios.
Chegou a ingressar na Ordem das Carmelitas, mas nunca deixou de pintar.
Em suas telas retratou um Brasil alegre, pobre e trabalhador. Para
pintar o país, viajava em lombo de burro. Morreu em 31/05/1979, no Rio
de Janeiro.
Dolores Olmedo
- Colecionadora de arte pré-hispânica, filha de um advogado e de uma
professora premiada, Dolores Olmido Patiño, foi grande amiga do pintor
Diego Rivera (1886-1957) e guardiã das obras dele. Perdeu os pais ao
sete anos e sua mãe teve que trabalhar para sustentar a família, cheia
de filhos. Aos domingos, sua casa era aberta para receber artistas que
se reuniam em debates, o que era avançado para a época. Para a mãe de
Dolores, essa era uma forma de inserir os filhos nas artes. Ela conheceu
Diego num elevador da Secretaria de Educação e neste mesmo dia, ele a
convidou para ser modelo vivo em suas pinturas. Com a autorização da
mãe, que não sabia que a filha posaria nua, os dois se tornaram grandes
amigos (a mãe de Lola acabou recebendo de presente a tela com a filha
pelada). Lola e Diego foram apresentados pelo inglês raciado no México,
Howard S. Phillips, publisher da revista americana Mexican Life,
que mais tarde se tornaria seu marido. Vinte e cinco anos mais velho,
ele era ciumento. Casaram-se em 1935 e tiveram quatro filhos. Ele
obrigou a esposa a devolver a Rivera o quadro nu da esposa, com um
bilhete: "Devolvo essas obras porque estou convencida de que não me
foram oferecidas de boa-fé". Já casada, Dolores se tornou empresária e a
maior colecionadora das obras de Diego, se tornando a primeira "mulher
de negócios" do México. Ela chegou a conseguir uma petição do presidente
em exercício da época, estabelecendo que todas as obras do amigo fossem
transformadas em patrimônio histórico. Por gratidão, Rivera cedeu os
direitos autorais e suas últimas obras à Lola, como era conhecida. Há
suspeitas de que os dois tenham tido um romance e por isso, despertado
ciúmes da pintora Frida Kahlo, com quem era casado. Lola se separou de
Phillips em 1948, mas continuaram vivendo na mesma casa por dez anos,
onde hoje é o museu (uma mansão) que leva seu nome, onde são guardadas
as obras de Diego e Frida, bem como cartas de amor trocadas pelo casal e
fotos, em Xochimilco, na Cidade do México. Dois anos antes, Diego
voltou a entregar a tela com a amiga nua: "Devolvo essas telas hoje, 16
de agosto de 1955, porque sei que agora não duvidarás da minha boa-fé",
porque ela é a única que existe para mim. A fé em meu grande amor não só
persistiu, mas aumentou". O museu foi inaugurado em 1994. Dolores
morreu em 2002, aos 93 anos.
Eva Gonzales – pintora francesa nascida em Paris em 1849, filha
do romancista Manoel Gonzales, teve a permissão de escrever nos quadros:
“aluna de Manet”. Suas cores são densas e seus contornos bem
delineados. Foi casada com o artista Henri Guerard. Morreu em 1883 após
um parto difícil.
Frida Kahlo
– pintora nascida em 06/07/1907 no México, Magdalena Carmen Frieda
Kahlo y Calderón, só foi reconhecida após sua morte. Aos 7 anos teve
poliomelite, que a deixou manca. Aos 18 sofreu um acidente de trem,
quando fazia um passeio com o primeiro namorado, Alejandro, que a
abandonou em seguida. No acidente um ferro atravessou sua bacia e entrou
em sua vagina (ela disse que foi assim que perdeu a virgindade). Por
causa disso nunca pôde ter filhos, mas chegou a ficar grávida e sofreu
três abortos espontâneos. Pintou seu primeiro quadro aos 19 anos, quando
seu pai colocou um espelho no teto para que ela visse como ficou após o
desastre. Seu principal tema era o próprio corpo retalhado vestido com
trajes mexicanos. Aos 22 anos entrou para o Partido Comunista onde
conheceu o muralista Diogo Rivera, de 43 anos, com quem se casou em 1929
(Diogo a traiu com Cristina, irmã de Frida). Teve romances com homens e
mulheres: o líder comunista Leon Trotski, o escultor Isamu Moguchi, o
fotógrafo americano Nicholas Muray (diziam que na cama com as amantes,
ela era melhor do que os homens). Vestia-se com trajes exóticos
inspirados nos índios mexicanos, usava drogas, bebia e dava festas
agitadas. Vaidosa, adorava fitas e saias e escondia os coletes
ortopédicos com ajuda de anáguas e jóias. Morreu de embolia pulmonar em
13/07/1954 aos 47 anos. Diogo transformou a casa em que moravam na
Cidade do México num museu de obras de Frida (há suspeitas de que ela
tenha cometido suicídio por causa das dores insuportáveis). Sua vida é
contada no filme 'Frida' e no livro 'O Diário de Frida Kahlo'.
Georgina Moura Andrade de Albuquerque – pintora, retratista e
paisagista nascida em 04/02/1885 em Taubaté (SP), participou de
exposições no Brasil e exterior. Em 1904 mudou-se para o Rio de Janeiro e
estudou na Escola Nacional de Belas Artes, Enba, onde mais tarde foi
professora de artes e diretora. . Sua obra é marcada pela luminosidade e
pela cor. Um de seus quadros mais famosos é o ‘Sol de Verão’. Foi
casada com o pintor Lucílio de Albuquerque. Em 1940 funda o Museu
Lucílio de Albuquerque em sua casa, no barrio de Laranjeiras, Río de
Janeiro. Morreu em 1962 no Rio de Janeiro.
Lina Bo Bardi
– Arquiteta e artista plástica nascida em 1914 em Roma, Itália, filha
de um engenheiro, em 1945 fundou com Bruno Zevi o semanário 'A', de
Arquitetura e Urbanismo, dedicado aos problemas habitacionais
decorrentes da Segunda Guerra Mundial. Sua marca registrada era a
integração à paisagem de elegantes formas arquitetônicas, geralmente
caixas de concreto e vidro. Costumava dizer que era stalinista,
militarista e antifeminista. Durante a vida realizou mais de cem
projetos. Veio para o Brasil em 1946 a convite de Assis Chateaubriand
para projetar o Masp de São Paulo. É dela também o projeto do Sesc
Pompéia e a Casa de Vidro (SP) Acabou casando-se com o fundador do
museu, Pietro Maria Bardi. Não teve filhos. Morreu em 20/03/ 1992 em São
Paulo aos 77 anos de embolia pulmonar. Sua vida é contada no livro
‘Lina Bo Bardi’.
Lígia Clark – pintora e escultora brasileira nascida em Belo
Horizonte (MG) em 23/09/1920 estudou em Paris e fez parte do grupo
brasileiro Frente, de tendência concretista. Em 1947 foi para o Rio de
Janeiro, trabalhar por orientação de Burle Marx. De 1954 a 1958
desenvolveu uma pintura de extração construtivista, restrita ao uso do
branco e preto em tinta industrial, em articulações tridimensionais,
Casulos e Trepantes, onde vai se insinuando a participação do
espectador. Em 1957 participou da I Exposição Nacional de Arte Concreta
no Rio de Janeiro. Em 1961 conquistou o prêmio de melhor escultora
nacional. Na década de 70 morou em Paris, onde lecionou na Sorbonne.
Morreu no Rio de Janeiro em 25/04/1988. Não gostava de ser chamada de
artista.
Lygia Pape
– artista plástica nascida em Nova Friburgo (RJ) em 1929,
identificou-se com o movimento conhecido por neoconcretismo. Considerada
uma das mais importantes representantes da arte contemporânea no
Brasil, começou a carreira com o abstracionismo geométrico. Foi também
professora na Faculdade de Arquitetura Santa Úrsula e na Escola de Belas
Artes da UFRJ. A partir de 1962, passou a trabalhar com cinema, fazendo roteiros, cartazes e produção. Morreu em 03/05/2004, no Rio de Janeiro, aos 77 anos.
Margareth Mee - Ilustradora nascida em Chesham, Inglaterra em
22/05/1909, Margaret Ursula Mee, veio para São Paulo (SP) em 1952,
acompanhando o marido. Apaixonada pela Mata Atlântica, começou a pintar
plantas e flores que encontrava. Também fez expedições pela Amazônia
entre 1956 e 1988, quando colecionou espécies de plantas, algumas
batizadas em sua homenagem. Em 1962 foi convidada pelo Instituto de
Botânica de São Paulo para ilustrar a seção de bromélias da "Flora
Brasílica". Em 1968 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou com
Guido Pabst em seu livro sobre as orquídeas brasileiras. Escreveu "Em
Busca de Flores na Floresta Amazônica". Morreu em 30/11/1988 num
acidente de carro em Leicester, Inglaterra após fundar o ‘Margaret Mee
Amazon Trust’ com o objetivo de preservar suas pinturas e oferecer
bolsas de estudos para cientistas brasileiros.

Maria Bonomi – pintora, cenógrafa, figurinista e gravadora brasileira nascida em 08/07/1935 em Meina, Itália, Maria Anna Olga Luísa Martinelli Bonomi, veio para o Brasil aos 9 anos e estudou técnica de gravura com Lívio Abramo. Começou a expor em 1952 e fez sua primeira individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo em 1956. Seus trabalhos mais expressivos são a xilogravura. Neta de Giuseppe Martinelli, construtor do primeiro arranha-céu da América Latina, o edifício Martinelli, em 1960 fundou o Estúdio Gravura, com Lívio Abramo. Em 2004 foi representada na minissérie "Um Só Coração", da TV.
Maria Helena Vieira da Silva
- Pintora nascida em Lisboa em 13/06/1908, filha do embaixador Marcos
Vieira da Silva, ficou órfã de pai aos três anos, tendo sido criada pela
mãe e pelo avô, o director do jornal ‘O Século’. Começou a pintar e
fazer esculturas em 1914. Foi casada com o pintor húngaro Arpad Szenes.
Em 1935 expôs sua pintora em Portugal. No ano seguinte participou da
associação ‘Amis du Monde’, criada por vários artistas parisienses
devido ao desenvolvimento da extrema direita na Europa. Veio para o
Brawil em 1939 fugindo da guerra. Vende obras para museus, realiza
tapeçarias e vitrais, trabalha em gravura, faz ilustrações para livros e
cenários para peças de teatro. Em 1962 ganhou o Grande Prémio da Bienal
de São, e no ano seguinte o Grande Prêmio Nacional das Artes em Paris.
Morreu em Paris em 06/03/1992.
Maria Werneck de castro
- Ilustradora botânica nascida no Rio de Janeiro, teve seus trabalhos
mostrados em duas séries de selos dos Correios. As 55 anos resolveu
dedicar-se à ilustração botânica depois de ser consagrada como
desenhista de documentação científica. Com a aposentadoria aos 77 anos
resolveu desenhar apenas espécies ameaçadas de extinção. Morreu em 2000
aos 94 anos de pneumonia.
Marie Bracquemond –
Pintora nascida em 1841 na Bretanha, estudou pintura no atelier de
Ingres em Paris. Sua obra foi exposta pela primeira vez no salão de
Paris em 1874. Parou de pintar por volta de 1890. Foi casada com o
artista Felix Bracquevmont com quem teve o filho, Pierre. O casamento
era conturbado por causa do ciúme e a inveja de Felix. Morreu em 1946.
Mary Cassatt
– Pintora nascida em 22/05/1844 em Allegheny (EUA), filha de um homem
de negócios, aos 16 anos entrou para a Pennsylvania Academy of Fine Arts
onde ficou por 4 anos, até a família mudar-se para a França. Viajou por
vários países e participou de várias exposições. Seus temas preferidos
eram as cenas familiares. Em 1912 viajou para o Egito em companhia do
irmão, que morreu no meio da viagem. Deprimida e com catarata, passou a
usar cores mais fortes em seus quadros. Foi casada com o pintor Degas.
Morreu em 14/06/1926, na França.
Nicolina Vaz de Assis Pinto do Couto - Escultora nascida em
Campinas (SP) em 1874, foi aluna da Escola Nacional de Belas Artes -
Enba, no Rio de Janeiro. Viajou para Paris como pensionista do Estado de
São Paulo. Foi casada com o escultor português Rodolfo Pinto Couto. Sua
escultura no túmulo do General Couto de Magalhães, no Cemitério da
Consolação foi a primeira manifestação do "art-nouveau" em São Paulo,
mostrando uma figura feminina, simbolizando a glória, homenageando o
último presidente da Província de São Paulo. Em 1913 foi contratada pela
prefeitura de São Paulo construir uma fonte de mármore branco de
Carrara e bronze, destinada a embelezar a esplanada em frente à Catedral
da Sé, mas imprevistos atrasaram sua implantação em mais de dez anos.
Optou-se, então, por destiná-la à Praça Vitória, junto à avenida São
João e ruas Aurora e Vitória, no bairro de Santa Ifigênia. A medida
visava embelezar a avenida mais larga da cidade na época. Em 1927, a
fonte foi montada e inaugurada. No mesmo ano, a praça passou a se chamar
Júlio Mesquita. Morreu no Rio de Janeiro em 1941.
Niki de Saint-Phalle
- Escultora e pintora nascida em Paris, filha de um banqueiro nascida
em 29/10/1930, começou a carreira nos anos 50 com os quadro-surpresa,
nos quais o público tinha de disparar uma carabina em bolsas de tinta
que explodiam sobre uma superfície de gesso para compor a obra. 1944Niki
pinta de vermelho vivo as folhas da videira que cobrem os órgãos
sexuais das esculturas gregas que decoram os pátios da escola Brearly. A
diretora exige que ela se submeta a tratamento psiquiátrico ou que
abandone a escola. Os pais transferem-na para outra escola religiosa em
Suffern, Nova Iorque. Em 1965 criou suas primeiras 'nanas', garotas
coloridas de papel marchê, gesso e tecido. Em 1966 expôs uma gigantesca
figura feminina no Museu de Arte Moderna de Estocolmo, na qual o público
entrava pela vagina, o que causou críticas da imprensa. Foi casada com o
suíço Jean Tinguely. Morreu de doença pulmonar na Califórnia em
21/05/2002.
Regina da Costa Pinto Dias Moreira – Restauradora brasileira
nascida na Bahia, trabalha na oficina do museu do Louvre em Paris há
mais de 30 anos. Foi responsável pela restauração de quadros de Rafael,
Botticelli e Monet. Estudou Belas Artes na Espanha em 1964, fez estágio
no Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa e no Instituto Real do
Patrimônio Artístico de Bruxelas, na Bélgica. Entrou para o Louvre por
concurso em 1973. Por cada quadro recebe entre 80 a 120 mil dólares.
Renina Katz
– artista plástica nascida em 1926 em Niterói (RJ), filha de imigrantes
poloneses, estudou gravura em madeira com o austríaco Axel Leskoscheck e
metal com o italiano Carlos Oswald. A partir de 1948 expôs pintura,
gravura, litografia (impressão em pedras) e aquarelas, em mostras
coletivas ou individuais, no Brasil e no exterior. Em 1951, recebe o
prêmio de viagem ao país no Salão Nacional de Arte Moderna. De 1951 a
1965 em São Paulo deu aulas de desenho e gravura no Museu de Arte e na
Fundação Álvares Penteado. Novamente no Rio, lecionou no Museu de Arte
Moderna. De 1973 a 1983 ensinou programação visual na Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo (SP).
Rosa Bonheur – Pintora nascida em Paris em 16/03/1822, filha de um professor de desenho, Maria Rosalie Bonheur aprendeu com ele algumas técnicas artísticas. Aos 11 anos perdeu a mãe e foi trabalhar numa casa de costura para ajudar a criar os 4 irmãos. Gostava de retratar animais e começou a procurar seus modelos em museus e matadouros (levava partes de animais mortos para o sótão de sua casa). Para evitar cantadas, cortou os cabelos e passou a vestiu-se de homem. Aos 31 anos, em 1953, expôs sua tela enorme, ‘Feira de Cavalos’ no salão de Paris chamando a atenção da imperatriz Eugênia que a condecorou com a recompensa ao mérito, o Oficial da Legião de Honra, sendo a primeira mulher a alcançar esse título. Passou a viajar por fazendas até se instalar numa floresta, reunindo grande variedade de animais, como leões, raposas e pássaros, ficando conhecida como a “Diana de Fontainbleau”. De volta a Paris começou a desenhar no circo e no show de Far West americano que Buffalo Bill estava apresentando na Europa. Atualmente o quadro ‘Feira de Cavalos’, de 25X5 metros ocupa o centro de uma galeria do Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque. Não se casou, apesar dos pretendentes. Morreu em 25/05/1899.
Suzanne Valadon – pintora nascida na França em 23/09/1865, suas
obras representam figuras humanas, dotadas de esplêndido vigor,
contornos intensos e cores chapadas. Morreu em 07/04/1938.
Tarsila do Amaral –
Pintora paulista nascida em Capivari (SP), em 01/09/1886 filha de
produtores de café, foi musa do Movimento de 1922, ao lado de Pagu,
Anita Malfatti, Eugênia Moreira e Elsie Houstou. Teve obras expostas no
mundo inteiro. Entre 1920 e 1922 morou em Paris. Em 1926 seu quadro
Abaporu (canibal, em tupi-guarani) inspirou o movimento Antropofágico
lançado por Oswald de Andrade, seu segundo marido (ele a traiu com
Pagu). O primeiro casamento foi aos 20 anos, com um primo de sua mãe,
André Teixeira Pinto, pai de sua única filha, Dulce. Seu terceiro
casamento foi com o psiquiatra Osório César, que a fez entrar para o
Partido Comunista. Os dois viajaram para a União Soviética e na volta,
Tarsila foi presa por um mês, e com o jornalista Luís Martins (ela tinha
64 anos, e ele, 43), que a traiu com a sobrinha dela, a escritora Anna
Maria. Sua neta, Beatriz, morreu afogada ainda criança. Morreu pobre em
17/01/1973, de câncer, aos 86 anos. Nos anos 90 'Abaporu' foi vendido
por 1,4 milhão de dólares, um dos maiores valores já pagos por uma tela
de artista brasileiro.
Tomie Ohtake
– Artista plástica, nascida em 1913 Kyoto, naturalizada brasileira, fez
carreira internacional, sendo premiada no Salão Nacional de Arte
Moderna, em 1960. Em 1972, suas litografias foram exibidas na Bienal de
Veneza. Em 1988, criou uma escultura pública comemorativa dos 80 anos da
imigração japonesa, em São Paulo, e foi condecorada com a Ordem do Rio
Branco. Sua pintura privilegia a cor. Começou a pintar aos 39 anos,
quando viu uma exposição do pintor japonês Keisuke Sugano, em São Paulo,
em 1952.
Yara Tupinambá
– Pintora brasileira nascida em Montes Claros (MG), começou a pintar
aos 12 anos. Nos anos 60 e 70 deu aulas de gravura e mural na Escola de
Belas-Artes da UFMG. Atualmente dá cursos em casa, no bairro Serra, em
Belo Horizonte. Tem mais de 3 mil trabalhos espalhados pelo Brasil e
exterior.
Yoko Ono
– Artista plástica e compositora nascida em 18/02/1933 em Tóquio,
Japão, é conhecida como a viúva do cantor John Lennon, assassinado em
1982. Após a morte dele, jamais se envolveu com outro homem. Os dois
tiveram um filho. Em 1964 representou no teatro a peça ‘Cut piece’, em
que a platéia cortava pedaços de seu vestido branco até ficar nua. A
idéia era protestar pela paz. Em 2003 a performance foi repetida, mas
desta vez Yoko, aos 70 anos, usou vestido preto em protesto contra os
ataques ao edifício World Trade Center, em 2001, nos Estados Unidos. Seu
nome significa "Filha do Oceano. Teria sido responsável pelo fim dos
Beatles, conjunto musical que fez sucesso nos anos 70, do qual Lennon
era seu integrante. seu nome significa "Filha do Oceano".
Zina Aita – Pintora, ceramista e desenhista nascida em Belo
Horizonte (MG) em 1900, filha de italianos, estudou em Florença, Itália.
Retornou ao Brasil em 1920 e no Rio de Janeiro entrou em contato com os
modernistas Manuel Bandeira e Ronald de Carvalho. Realizou a primeira
mostra individual no Palácio do Conselho Deliberativo de Belo Horizonte
em 1920 sendo considerada uma das precursoras do modernismo em Minas
Gerais. Participou da Semana de Arte Moderna em 1922 em São Paulo
expondo seus quadros. Também fez ilustrações para a revista ‘Klaxon’.
Voltou para a Itália em 1924, quando passou a se dedicar à cerâmica e a
dirigir a fábrica que comprou em Nápoles. Morreu na Itália em 1967





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